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SAIU NA FOLHA HOJE ..

Fonte … http://www1.folha.uol.com.br/folha/equilibrio/noticias/ult263u677398.shtml

O Assunto pra mim ainda é de se pensar muitoooo …

Bebê pode ingerir ovo e outros alimentos alergênicos, dizem médicos

O conceito de atrasar a introdução de alguns alimentos na dieta do bebê para prevenir alergias pode cair por terra. Novas pesquisas vêm demonstrando que, ao contrário do que se acreditava, quanto mais tarde o contato com alimentos potencialmente alérgenos, como o ovo, maior a chance de sensibilização da criança.

O assunto, considerado ainda polêmico pelos especialistas, foi tema de debate no último congresso mundial de alergia, que aconteceu no mês passado, em Buenos Aires.

A ideia foi reforçada com a publicação, neste mês, de uma pesquisa no periódico científico "Pediatrics". O estudo tinha como objetivo examinar a relação entre idade de introdução de alimentos sólidos durante o primeiro ano de vida do bebê e sensibilidade alérgica aos cinco anos de idade.

Cientistas finlandeses de várias universidades, incluindo a de Helsinki, acompanharam durante cinco anos 994 crianças. Após avaliar dados como duração do aleitamento materno, níveis de IgE (o principal anticorpo envolvido nas reações alérgicas) e idade com que essas crianças começaram a comer batatas, aveia, centeio, trigo, carne, peixe e ovos, eles concluíram que a introdução tardia desses alimentos esteve mais relacionada ao risco de sensibilidade alérgica. Ovos, aveia e trigo foram os itens mais relacionados às reações.

Os pesquisadores acreditam que haveria uma espécie de momento ideal para a introdução desses alimentos na dieta de crianças pequenas com tendência hereditária, isto é, de famílias alérgicas, com parentes de primeiro grau, como pai, mãe ou irmãos, alérgicos.

Editoria de Arte/Folha Imagem

Janela imunológica

"Ao que parece, haveria uma janela imunológica que seria o momento ideal para induzir a tolerância aos alimentos", explica a alergista Márcia Mallozi, professora doutora da Universidade Federal de São Paulo.

Isso porque, ao nascer, o sistema imunológico do bebê é extremamente imaturo. Como a alergia é uma resposta exagerada do sistema imune a corpos estranhos, à medida que amadurece ele responderia com mais força a agentes potencialmente causadores de alergias. Se o alimento for introduzido mais tarde, o sistema estaria mais preparado para responder com mais força.

"Hoje já não recomendamos atrasar a introdução de alimentos", diz Ana Paula Moschione, presidente da Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia - Regional São Paulo e médica-assistente da unidade de alergia e imunologia do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas, em São Paulo. "Mas também não recomendamos adiantar nada", enfatiza ela. A sociedade americana de pediatria já faz essa recomendação.

Novas recomendações

A partir da mudança da sociedade americana, a SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria) também fez algumas modificações nas suas recomendações. "Agora, ovos e peixes podem ser introduzidos a partir do sexto mês", diz Roseli Sarni, presidente de departamento de nutrologia da SBP. Antes, ovos eram liberados depois do nono mês e peixes, somente após o primeiro aniversário.

"Manter o aleitamento materno enquanto se introduzem esses alimentos teria um efeito protetor", acrescenta Sarni. A sociedade recomenda o aleitamento materno exclusivo até os seis meses de idade.

"São especulações interessantes que podem mudar conceitos usados atualmente, mas ainda não há nada conclusivo", acredita Mallozi.

Segundo a Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia, os alimentos que mais causam reações na primeira infância são leite de vaca, ovos, peixes, frutas cítricas e o tomate. Porém a maioria das crianças desenvolve tolerância às frutas e ao tomate em alguns anos. A alergia a peixes e nozes pode continuar até a idade adulta.

Nos adultos, crustáceos, queijos, vinhos, cerveja e temperos são itens que costumam produzir sensibilidade.

Um comentário:

realizandosonhos disse...

oi...como vcs estao? como passaram de festas?
beijos

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